
Duas Casas nas Ilhas Selvagens - Arquipélago da Madeira
Duas casas para duas intempéries.
Enquanto colaborador de João Navas Arquitectos ↓
Selvagem grande. A casa foi implantada junto ao Portinho das Cagarras, no sopé da falésia, acima do nível das marés. O projecto responde às características geográfica e ambiental - ondas e rochas soltas da falésia.
tipo construção nova
função coautor
ano 2016
programa habitação temporária
consurso shortlisted
A casa assume um carácter de forte, lugar de força capaz de resistir ao tempo e ao ambiente e, simultaneamente, capaz de providenciar a paz, a tranquilidade e a qualidade que se desejam.
Os baluartes da estrutura frontal permitem conceptualmente desenhar esta ideia de força e de resistência e operacionalizar os vãos adequados à entrada de luz, ao acesso aos espaços de lazer e de contemplação (terraços). Pretendia-se também aqui esconder parcialmente a imensidão do mar que se estende à nossa frente e criar uma sensação de vizinhança a partir da relação visual entre os volumes.
Selvagem pequena. A ilha tem uma superfície maioritariamente rasa e areada. A planta quadrangular da casa não privilegia uma orientação específica e a sua implantação é determinada pelos caminhos pré-existentes. O projecto é constituído por dois corpos volumétrica e conceptualmente semelhantes.
De forma a facilitar o processo construtivo, optou-se por uma estrutura modular pré-fabricada.
A organização dos espaços obedece a este princípio: quatro módulos para as áreas privadas, técnicas e de despensa. O espaço entre estes dá lugar à sala, cozinha/ refeições, biblioteca e espaço para telecomunicações. Este espaço centralizado é o elo de ligação entre os módulos. Os espaços restantes são de lazer e encerram o quadrado.
Para o exterior concebeu-se um espaço aberto com linhas idênticas às da casa, mas desprovido de paredes exteriores. O objectivo é dar resposta ao programa no que concerne aos arrumos, garagem/oficina e áreas técnicas.
