Académico
Proposta Final de Mestrado.
Apenas quando detectamos num objecto a possibilidade de o habitar, podemos, a partir da relação com ele, construir um lugar. Certamente, o objecto arquitectónico transporta em potência essa capacidade de converter-se em lugar. Talvez por este motivo, tenha surgido a necessidade de uma reflexão aprofundada acerca da relação entre arquitectura e lugar – antes de qualquer proposta de configuração desse mesmo objecto.
Posto isto, o pretexto foi a elaboração de um projecto para o Hospital de Santo António dos Capuchos, prevista que foi a sua desactivação. Mediante uma investigação predominantemente histórica e uma leitura fenomenológica daquele lugar, procurou definir-se, com maior precisão, o tipo de experiências que os futuros habitantes dessa arquitectura, antecipada pelo projecto, esperam fazer dela.
Deduz-se que a construção de um lugar é consequência do acto habitativo (no sentido heideggeriano); assim, a construção do lugar está dependente do habitante, aquele- que-habita; deste modo, caberá ao arquitecto projectar segundo uma previsão que ao mesmo tempo é sua e daquele-que-a-há-de-habitar. Conclui-se que o propósito da arquitectura terá de ser a definição de espaços onde se pode, de facto, habitar.
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(A Colina de Santana) 19
(A Colina dos Conventos) 22
(A Colina dos Palácios) 23
(A Colina da Saúde e do Ensino) 26
(O Campo de Santana e as Avenidas) 29
(A Colina dos Hospitais) 31
(A Colina e os Instrumentos de Gestão Territorial) 34
(A Colina e o Documento Estratégico de Intervenção) 39
(O Hospital de Santo António dos Capuchos) 41
(O lugar do Hospital) 45
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(Lugar como intervalo corporal) 51
(Lugar como lugar de todas as coisas) 53
(Lugar como lugar quadridimensional) 56
(Lugar como espaço existencial) 61
(Lugar como genius) 69
(Uma possível noção de lugar) 70
(Construção de um lugar) 75
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(Um novo desenho para o Hospital) 81
(Um novo lugar) 93
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(Imagens selecionadas do processo de trabalho) 108